Testar é verificar se o sistema faz sentido.
Não se trata apenas de ver se uma pesquisa retorna dados, ou se um relatório pode ser gerado com sucesso. Trata-se de analisar criticamente o resultado: os dados retornados são coerentes? Todos os itens esperados estão presentes? Existe algo faltando que ninguém percebeu porque tecnicamente o sistema não emitiu nenhum alerta?
Exemplos de erros silenciosos que não geram mensagens de erro, mas causam problemas reais:
- Uma lista de opções no cadastro de cliente está incompleta: faltam estados, países, ou categorias de classificação.
- Um relatório apresenta valores corretos para os registros exibidos, mas omite registros por falha de filtro.
- Um campo foi renomeado na interface, mas o banco de dados ainda armazena o valor com o código antigo, gerando incoerência ao longo do tempo.
- Um botão executa a ação correta, mas não atualiza visualmente o status na tela, levando o usuário a pensar que não funcionou.
Testar é assumir responsabilidade pelo que foi entregue.
A única forma de evitar esse tipo de problema é mudar a cultura de testes. É preciso compreender que testar um sistema é mais do que procurar falhas técnicas: é simular o uso real, com olhar atento e compromisso com o sentido daquilo que foi feito.
É por isso que, ao testar, não basta dizer: "funcionou". É preciso responder: "os dados fazem sentido?". Se a resposta for "não sei", então o teste ainda não terminou.
E você, o que costuma verificar quando testa seu sistema?
Já caiu na armadilha do "funcionou, mas não faz sentido"? Compartilha com a gente nos comentários!